26 de nov. de 2007

Vamos fazer um filme...

Filme europeu, tragicomédia romântica sobre improbabilidades e desencontros. Filme sem casal, sem mocinho e sem bandido. Filme sobre deitar a cabeça no travesseiro e desejar boa noite para o rádio-relógio. Filme sobre chorar ao olhar o banco do passageiro vazio enquanto dirige um carro. Filme sobre contentar-se em dar as mãos, e chorar sabendo que não irá acontecer. Meu filme. Sobre mim. Monótono e triste. E eu assisto todo dia.

22 de nov. de 2007

Resignação 2

Hoje há 2 atividades na minha vida que faço com gosto: meu trabalho como game designer, e minhas horas de WoW. Nerdices à parte, me preocupa o fato de que as demais atividades faço por impulso, por compensação:

Como em excesso para compensar carência afetiva; bebo que é pra me soltar, compensar a força que o superego exerce sobre mim normalmente; saio, que é pra compensar a reclusão física, mental e sentimental cotidiana; me masturbo, que é pra esvair o tesão contido e sem um foco; converso sozinho, para compensar a falta de assunto com os outros; ouço música, que é para calar as vozes que atormentam; durmo, que é pra compensar o desejo incansável por um descanso real e definitivo...

18 de nov. de 2007

Resignação

Desânimo generalizado com (quase) tudo. Deve ser um mau sinal quando a única coisa boa acontecendo na sua vida é o trabalho, que deveria ser justamente o mais chato... Incomoda saber que vou sair de lá e passar horas de tédio e pensamentos ruins, chegando a conclusões negativas sobre presente, passado e principalmente futuro.

Quero uma renovação de esperança, sob a forma que for. Qualquer coisa que me devolva a vontade de continuar escrevendo, rindo, andando, comendo, saindo, vivendo... Mas parece que é pedir demais. Parece que tédio e inércia são meus fardos, e devo simplesmente aceitá-los.

O ânimo já não é suficiente nem para iniciar uma luta contra isso tudo, então volto para o meu tédio cotidiano, ligo a TV e aproveito o que resta da viagem...