7 de abr. de 2008

Não me mato porque dói

Recentemente acompanhei a dor de uma família ao perder um ente para o suicídio; e senti também a dor de perder alguém próximo, não para o suicídio mas para um comportamento auto-destrutivo similar. Vi e senti a dor que fica para trás quando alguém alivia seus pesares com um ato como esse, e por mais que o descanso pareça tentador eu não ousaria tal grau de interferência no sentimento alheio. Não me mato porque dói em quem fica. Porque a peça excluída estraga o quebra-cabeças, por pior que ele pareça do ponto de vista da peça que sente não se encaixar. Então aguento e espero. Por pura falta de esperança.