21 de dez. de 2009

Acalma




Já me matei faz muito tempo
Me matei quando o tempo era escasso
E o que havia entre o tempo e o espaço

Era o de sempre

Nunca mesmo o sempre passo



Morrer faz bem á vista e ao baço
Melhora o ritmo do pulso


 E clareia a alma



Morrer de vez em quando
É a única coisa que me acalma


Paulo Leminski