29 de set. de 2010

Maquiagem

Emoldurado no espelho, assisto o sangue escorrer dos cortes recém abertos em meu rosto. Espero o corpo acostumar-se à dor, a ponto dela simplesmente fazer parte, como respirar ou caminhar. Lavo o sangue, deixando as lacerações expostas. Uma dúzia delas. No espelho, meu rosto cubista finalmente me agrada; já posso sair.