26 de jun. de 2007

Protesto












O silêncio das rádios online

É isso mesmo, uma lei americana de direitos autorais pretende agora cobrar dos webcasts o direito de transmissão. Rádios online estão fadadas à extinção, e com elas muitos outros serviços como a Last.fm, o MySpace Music e muito provavelmente todo tipo de podcast.

Algumas destas rádios, como a Live365, disponibilizaram banners como o acima para que blogueiros e afins possam se juntar ao protesto. Além disso, no dia de hoje as rádios online estão organizando o Silence Day (Dia do Silêncio), em defesa dos seus direitos. Por isso não estranhe se você tentar ouvir e de lá não sair nada, é só uma demonstração do futuro, caso essa lei seja aprovada.

Quanto à lei ser americana, o fato é que ela afeta o mundo todo, já que no tocante a propriedade intelectual o direito está bastante universalizado. Isso significa que calarão webcasts de todas as partes do mundo em nome de uma absurda taxação que beneficia grandes grupos, para que continuem nos ditando o que ouvir. (E depois acham que têm o direito de reclamar do Chavez.)

Mais notícias sobre o assunto nesse site.

Dito isto, voltamos à programação normal. Até decidirem cobrar taxa dos blogs, para que notícias como esta só saiam em jornais. (Alguém viu algo a esse respeito em algum jornal? Pois é...)

22 de jun. de 2007

Cansaço

Estou cansado. Mente e espírito já não impõem o ritmo, e o corpo segue sozinho, distanciando-se mais e mais do centro. Esse cansaço precisa de mais do que descanso, precisa de paz. Precisa conseguir expirar, sem que o inspirar traga pensamentos negativos. Precisa deitar sem medo do que virá no sonho. Preciso de uma paz que não se acomoda na inquietude que carrego, e que já não sei como acalmar. Vou me afastando e simplesmente aceito o caminho sob meus pés por não poder enxergar o horizonte. Por vezes, chego a acreditar que a inquietude é minha sina, mas não quero me deixar perder a esperança de que um dia vão acalmar coração e mente, repousando em braços confortáveis e acolhedores.

19 de jun. de 2007

9 de jun. de 2007

É cedo...

6 horas da manhã, pensei.

Que noite. Que noite!, melhor dizendo.

Uma a uma me desfaço das peças de roupa. Ah! O ar frio da manhã no suor cansado do corpo. Um frio na camada abaixo da pele; os músculos contraem, a respiração fica pesada, como se o ar fosse denso, quase areia.

Os ecos da noite ressoam, misturando-se aos pássaros da manhã.

O espírito ainda não quer descer ao corpo. A elevação foi muita, e uma descarga como essa pode sobrecarregar o corpo físico, que resiste, esperando a hora, que não chega.

E quando chegar, deitar a cabeça, deixar o que sobrou de demônio ir embora, e relaxar, aconchegado e quente, com o silêncio que só merece quem se entregou ao caos.

5 de jun. de 2007

Luto pela falta de lutas

Tarde demais, e somente por um aviso externo é que percebi que somos todos fardos. Quando nossas pernas são fracas, seja lá qual for a metáfora, pesamos nos ombros de alguém.

Hoje percebi-me um peso, o que me pôs a repensar os valores que dou às coisas, e o modo como enxergo a superfície das pessoas, em especial as mais próximas a mim. Por vezes, aceito facilmente uma falsa transparência, uma falsa demonstração de que tudo vai bem, enquanto isto tudo esconde a mim e a outros da realidade, talvez em uma errada tentativa de proteger-nos de um mundo que de fato precisamos encarar.

Somos todos fardos, e por vezes, por mais que tentemos, não é nossa opção sermos ou não carregados. Nossas fraquezas são muitas, para termos total controle sobre quando caminhar.

A muralha ruiu, e a cidade podre por detrás me contagiou os pensamentos. Contrastes incomodam, não deveriam existir. Acho que só queria não pensar muito, e viver em aceitação e resignação. Não sonhar, não idealizar, não esperar. Simplesmente seguir caminhando na velocidade que o mundo estabelece como base.

A vida me dá uma vontade seca de chorar, e para isso não há solução.

Declaro luto permanente pela morte de todas as coisas que jamais chegarão a existir.