15 de jun. de 2008

Inspiração

Na falta de assunto, vou falar sobre falta de assunto. É ato recorrente: abro o blog, login, senha, carrega a página com uma lista de blogs que um dia vou alimentar, clico no link do único que exercito ocasionalmente. Abre a maldita página com um imenso buraco em branco para preencher. E um outro buraco em branco surge quase imediatamente, fora do mundo virtual, bem aqui na minha cabeça.

Não é de fato um buraco. Não mais do que é um questionamento: pra quê escrever tudo de novo? Tudo que tinha a dizer já disse: estou sozinho e carente, não me sinto apto / adaptado a participar desse jogo de flertes / comércio de corpos, sinto que estaria melhor morto mas não vou me matar... Não vejo sentido em repetir assuntos só para manter atualizado o blog, e não tenho assuntos novos a tratar.

E eis que... Surge assim do nada uma pontada. Pequena, sutil, não intencional, quase imperceptível, não fosse o nível de awareness que alcancei nesses tempos de solidão. Talvez inspiração não funcione de fato assim, mas por hora irá bastar. Passageira, talvez, mas está aqui derramando gota a gota palavras sobre um assunto banal o suficiente para não ter surgido antes, mas que se faz importante diante da ocasião.

Também pode não significar nada. Não precisa significar nada, contanto que persista o suficiente para colaborar com uma retomada de produtividade. E se significar e persistir - o que meu ceticismo não permite crer -, tanto melhor.

E assim, sem precisar concluir idéias, concluo o texto. Parte agradecimento não-explícito - e que não pretendo tornar explícito, com o perdão dos curiosos -, parte elaboração sobre os pequenos sopros que movimentam grandes navios.


Obrigado

4 comentários:

  1. temos um mar gigantesco, com ondas incrivelmente grandes, capazes de afundar navios, assim como são capazes de levá-los a ilhas desconhecidas...ehehe.
    este final de semana foi muito bom, venha mais! hahaha
    abssss

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  2. "a inspiração vem de onde?"
    é cruel olhar pro lado e não encontrar nada. mas a banalidade aparente é um bom começo. não importa o que for escrito, desde que seja. é um movimento inicial, é pra espantar os demônios, como diz a Lispector. gostei do texto.
    beijos, Gui.

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  3. eu também estava assim, me sentindo uma fraude. pra que escrever oq todos já sabem? pra que escrever do que eu não sei?
    mas ai vem aquela vontande de escrever.. sobre qualquer coisa.. e a gente volta ao mundo dos blogs!


    beijos meu amigo

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  4. vem pra curitiba cara, você deixa as coisas mais animadas por aqui...hehe
    abs

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