13 de set. de 2007

A quem interessar possa...



Estou começando a me acostumar à idéia de não haver um lugar a que pertençamos ou que nos pertença. Mais uma vez vou indo embora, com o coração apertado de quem quer ficar. Indo para menos distante que das outras vezes, verdade, mas ainda assim indo, e deixando para trás tanto. E tantos.

Nunca fui bom com as tais novidades. Sou mais estático e menos dinâmico; mais saudade que ansiedade. Meu mundo poderia se congelar no tempo que me faria feliz.

As idas anteriores deixaram marcas, algumas que sinto doer gostosamente vez em quando. E ainda que saiba ruim a dor, não sinto o desejo de me desfazer pelo esquecimento, mas sim pela lembrança - a qual obviamente não tem espaço.

Deixo menos para trás desta vez mas sinto o peso das outras idas acumular-se, como se para alertar que de fato não só lugares, mas pessoas também não nos pertencem senão em memórias.

Tenho um sincero medo do que está por vir, mas não quero lidar com isso agora. Por enquanto quero a paz e esse tempo congelado na noite silenciosa, trancados eu e minhas lembranças e minhas lágrimas.






* Espero sinceramente que os referenciados saibam quem são, ou de nada terão valido as palavras e gestos de outrora.

4 comentários:

  1. te amo, cacete, e vou sentir muito sua falta.


    POr mais que não estivéssemos nos vendo muito ultimamente, eu sabia que você estava por perto.


    Agora, que você não vai mais estar por perto...
















    bah.

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  2. ah
    comentando depois da boa notícia de domingo. que bom que não vai já. vai ter mais tempo pra continuar fugindo de me ver. :D
    ahahauh

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  3. Muito bom o seu post, é bom saber que ainda tem gente que goste de escrever nos blogs.

    Abraço

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  4. Primeiro, não entendo pq não veio falar comigo (mesmo que seja pela internet), pena que só vi o comentário hoje pois gostaria de agradecer.
    Por muito tempo eu repugnei tais livros de auto-ajuda, dizia que era coisa de sociedade em massa etc. Ainda acho isso. Mas no fundo, eu sei que não importa oq seja, se você se sente bem, se te faz bem .. então é bom.
    Somos parte de uma sociedade com valores distorcidos, que deixam o ser humano sempre por ultimo.
    Sei que não importa o quanto eu queira, nada vai mudar em minha vida a menos que eu acredite. O poder de realizar é acreditar em si mesmo e no seu trabalho. Se as coisas acontecerem, será por minha causa e não livro. Apesar de ter conciencia disso, eu acho que a maioria de nós só precisa ser lembrado que no fim o que importa é o caminho, as pequenas coisas e as conquistas suadas e honestas.

    Agradeço novamente seu comentário e interesse. Logo passarei aqui novemante para "acompanhar" um pouco da sua vida!
    Beijos

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