Chovia e brindávamos, com vinho e abraços.
As roupas enxarcadas pelo chão, e nosso calor nos aquecia. Lá fora a chuva, aqui dentro o suor; e enxarcados, entorpecidos e extasiados, conversávamos em uma língua própria, mistura de linguagem corporal, semi-palavras, gemidos e espasmos.
Não muito longe, uma rosa que esqueci de entregar flutuava sem objetivo sobre a água da chuva. Um carro passa e joga a água, suja das ruas e perfumada da rosa, sobre as pessoas que esperam o ônibus.
"Foi lindo, romântico, perfeito, mas não foi apaixonante."
A rosa escorreu pelos esgotos, e morreu sem objetivo. Assim como eu, você, a garrafa de vinho, as pessoas que esperavam o ônibus, e a chuva.
eu tenho preguiça de comentar mas tu sabe que eu leio né? sempre.
ResponderExcluir... sabe né?
maloca
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