8 de mar. de 2010

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Hoje eu queria ser impessoal. Queria escrever um texto que expressasse sentimentos universais. Um texto no qual todos encontrassem parte de si.

Por horas, pensei em tudo que teriam a dizer sobre as mulheres. Horas em vão. Consigo identificar os pensamentos e sentimentos d’outrem, mas não consigo organizá-los em minha cabeça a ponto de formar um texto.

Eu poderia recorrer a autores. Livros de poesia, romances, ficção, biografias e até livros técnicos de psicologia e anatomia, que descrevem a mulher sob inúmeros pontos de vista. Infelizmente, nenhum deles, e nem mesmo todos eles somados, chegam perto do que as mulheres realmente são.

Indescritíveis. Talvez este fosse o adjetivo mais adequado, e ainda assim não bastaria. Indescritíveis, sim, mas muito mais que isso. Indescritivelmente belas, indescritivelmente graciosas, indescritivelmente misteriosas... Enfim, indescritíveis as mulheres e todas as suas infinitas qualidades. Indescritíveis todas, e também cada uma delas.

Por fim, eu poderia recorrer a uma musa, como muitos já fizeram, e como todo artista faz. Assim, escreveria um texto pessoal, em homenagem à minha musa, extendendo a homenagem a todas as mulheres do mundo. Porém, tudo que escrevo, sempre, cada letra de cada palavra de cada frase, é em homenagem à minha musa, e seria injusto com os outros textos que já escrevi se fizesse deste um especial.

Desisti. Desisti e, ainda assim, escrevi um texto. Insuficiente, mas ainda assim uma homenagem a elas. Insuficiente como são as palavras para descrevê-las. Insuficiente como são os homens para fazer-lhes jus. Insuficiente como é o universo para limitá-las.

Insuficiente como é o dia 8 de março para homenageá-las.

8 de março, Dia Internacional da Mulher.

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